segunda-feira, 30 de março de 2015




 

 
“A finalidade de todas as nossas obras é o amor.” Santo Agostinho
 
As virtudes são a disposição habitual e firme de fazer o bem. São desejos de nossa inteligência e vontade que comandam nossos atos, ordenam nossas paixões, e nos guiam segundo a razão e a fé.

A caridade é a virtude teologal (dada por Deus) que nos leva a amar a Deus sobre todas as coisas, por si mesmo, e a nosso próximo como a nós mesmos, por amor de Deus. (cf. Cat. n. 1822). Amar o próximo sem ser por amor a Deus é filantropia, mas não caridade.
Jesus fez da caridade “o novo mandamento”. “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1). Assim, manifestou o amor do Pai que Ele recebe. Amando-se uns aos outros, os discípulos imitam o amor de Jesus que eles também recebem.
Por isso disse Jesus: “Assim como o Pai me amou, também eu vos amei. Permanecei em meu amor” (Jo 15,9). E ainda: “Este é o meu preceito: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). Jesus insistiu com os discípulos: “Permanecei em meu amor. São Paulo disse que: Cristo morreu por nosso amor quando éramos ainda “inimigos” (Rm 5,10).
E Jesus exige que amemos, como Ele, mesmo os nossos inimigos, que amemos o próximo como o bom samaritano, e amemos como Ele as crianças e os pobres.
 
São Paulo traçou um quadro incomparável da caridade:
 
“A caridade é paciente, a caridade é prestativa, não é invejosa, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Cor 13,4-7).
Diz ainda o Apóstolo: “Se não tivesse a caridade, nada seria…”. E tudo o que é privilégio, serviço e mesmo virtude… “se não tivesse a caridade, isso nada me adiantaria”. A caridade é superior a todas as virtudes. E a primeira das virtudes teologais: “Permanecem fé, esperança, caridade, estas três coisas. A maior delas, porém, é a caridade” (1 Cor 13,13).
Sabemos que o exercício de todas as virtudes é inspirado pela caridade, que é o “vínculo da perfeição” (Cl 3,14). Devemos amar como filhos de Deus e não como escravos por medo, ou como mercenários em busca de recompensa, pois precisamos responder ao amor Daquele “que nos amou primeiro” (1 Jo 4,19).
A caridade tem como frutos a alegria, a paz e a misericórdia; ela exige a bondade e a correção fraterna; tem de ser desinteressada e liberal; é amizade e comunhão. Santo Agostinho disse que: “A finalidade de todas as nossas obras é o amor. Este é o fim, é para alcançá-lo que corremos, é para ele que corremos; uma vez chegados, é nele que repousaremos.” (Comentário ep. João , 10,4).
 
Prof. Felipe Aquino

terça-feira, 24 de março de 2015


Divulgada a programação oficial da Semana Santa pela Arquidiocese da Paraíba,

Procissão do silêncio, Missa do Lava-Pés e Vigília Pascal são alguns dos momentos programados durante o tempo de celebração católica que retrata o momento da morte e da ressurreição de Jesus
A Arquidiocese da Paraíba divulgou a programação da Semana Santa nesta segunda (23) e deve contar com diferentes ritos religiosos que abordam a preparação para a Páscoa, segundo a fé dos cristãos católicos. O primeiro momento previsto na programação é a via sacra, que acontece nesta terça (24) no Parque solo de Lucena.

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Programação da Catedral Basílica

Quaresma

Dia 24 de março (terça-feira), às 19h: Via Sacra na Lagoa do Parque Solon de Lucena, no Centro da Capital.

Dia 26 de março (quinta-feira), à noite: Procissão do Encerro (da igreja do Carmo até a igreja da Misericórdia).

Dia 27 de março (sexta-feira), às 15h: Missa Votiva da Santa Cruz na igreja da Misericórdia, encerrando com a Procissão do Encontro (dos Passos).
Dia 28 de março (sábado), às 19h: Celebração Penitencial, na Catedral.

Semana Santa

Dia 29 de março (Domingo de Ramos): Missa às 6h, 9h e 18h, na Catedral. E às 19h15 no Colégio Pio X.

Dias 30 e 31 de março (Segunda e terça-feira), das 14h às 17h e das 19h às 22h: Mutirão de Confissões, na Catedral. Obs.: segue a Missa normal na Catedral às 17h.

Tríduo Pascal

Dia 2 de abril (Quinta-feira Santa): Missa dos Santos Óleos (Missa Crismal) às 8h30 e Missa do Lava-Pés às 17h na Catedral. Em seguida: Adoração ao Santíssimo Sacramento. Às 21h: Procissão do Silêncio, saindo da Catedral até a igreja do Carmo.

Dia 3 de abril (Sexta-feira Santa), às 9h: Via Sacra na Catedral. 12h: Ofício da Agonia do Senhor. 15h: Celebração da Paixão e Morte do Senhor, seguida da Procissão do Senhor Morto.

Dia 4 de abril (Sábado Santo), às 19h: Vigília Pascal, na Catedral.

Domingo da Ressurreição do Senhor

Dia 5 de abril: Santa Missa às 6h, 9h e às 18h, na Catedral. E às 19h15 no Colégio Pio X.

A Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, no Centro de João Pessoa, é a igreja onde é realizada a programação oficial da Arquidiocese da Paraíba na Semana Santa e na Páscoa.

quarta-feira, 11 de março de 2015




Evangelho (Mt 5,17-19)
 
O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
Glória a vós, Senhor!
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17“Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas”. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da lei, sem que tudo se cumpra.
19Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus.


— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
 
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Precisamos dar mais importância aos mandamentos de Deus

A nossa relação com Deus seria mais profunda se nós, com toda força e empenho do nosso coração, nos lembrássemos, a cada dia, de colocar em prática os mandamentos da Lei do Senhor.
“Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus” (Mateus 5, 19).

Amados irmãos e irmãs, este tempo da graça que vivemos, que é o tempo da Quaresma, é mais que oportuno para revermos as práticas da Lei de Deus em nossa vida. A Palavra hoje quer ser uma advertência para vivermos na graça, pois, para crescermos junto do coração de Deus e não diminuirmos a ponto até de corrermos o risco de desaparecer, será preciso levar com seriedade os mandamentos da Lei de Deus!
Sim, os mandamentos que aprendemos quando éramos ainda crianças, quando frequentamos a catequese. O mais importante não é somente decorá-los, mas aprender a vivê-los no dia a dia de nossa vida. Nossa vida seria mais justa e mais digna, nossas convivências seriam mais fraternas e a nossa relação com Deus seria mais profunda se nós, com toda força e empenho do nosso coração, nos lembrássemos, a cada dia, de colocar em prática os mandamentos da Lei de Deus. E mais do que isso: não só vivê-los, mas ensinar os outros a vivê-los também.
Nós não podemos transgredir a Lei de Deus e muito menos ensinar os outros a fazer o mesmo. Não podemos ser ocasião de queda nem de pecado para ninguém! Assim como nós não podemos banalizar as coisas de Deus e considerar que isso é simplesmente uma coisa normal. No entardecer da vida, quando estivermos diante do Senhor da nossa vida, o amor será o imperativo que vai nos julgar.
A vivência do amor em nós é a vivência dos mandamentos da Lei de Deus! Ninguém pode só dizer: “Deus, como eu te amo!” ou “Deus, como o Senhor é tudo para mim!” se não souber colocar os mandamentos d’Ele em prática. Amar a Deus sobre todas as coisas é tê-Lo como o Senhor supremo da nossa vida e não antepor ninguém nem nada a Ele.
Vida de oração e de comunhão com Deus, guardar o dia do Senhor; e ter tudo isso como norma da nossa vida, da nossa existência. E depois seguir os outros mandamentos, que nos ensinam as Sagradas Escrituras, como amar o nosso próximo, como ser verdadeiro, justo, honesto, puro e bem-intencionado ao nos relacionarmos uns com os outros.
A cobiça é uma coisa desordenada dentro de nós que nos leva a desejar e a querer ter aquilo que não nos pertence. E nisso muitos subterfúgios podem entrar, inclusive em nossa vida, como a mentira, a falsidade, a hipocrisia e, desse modo, vamos aos poucos perdendo a sensibilidade pela Lei do Senhor.
Não nos deixemos nos corromper pelo mundo nem pela mentalidade deste. É justo quem ouve a Palavra de Deus e se dedica, com toda a força do seu coração, para colocá-la em prática!